No último dia do curso de fotografia, o ministrante, o Allan Bastos nos mostrou o trabalho de alguns fotógrafos. Algumas bem conhecidas e mostrou também alguns trabalhos novos. E o motivo pra esse meu estado de choque é ter conhecido o trabalho de Rodrigo Braga. As coisas pioraram agora que fui me aprofundar um pouco em suas idéias e em ver seu currículo. Me sinto mais mal a cada linha de texto, a cada imagem que vejo....a que ponto chega a humanidade...Sei que pelo mundo coisas horrorosas do mesmo naipe existem ...vê um cara que ganha dinheiro com uma granja, por exemplo...todos os dias mata milhares de galinhas inocentes, que antes de serem mortas vivem de uma forma totalmente cruel sem que possam ciscar ou mesmo se mexer um pouco. Eles a pegam, pagam várias funcionários para que as matem, arranquem suas vísceras, convivam com seus sangues, arranquem suas penas, dividam suas partes e embalem em um saco para que as pessoas comam. Só que o ato de matar para comer seria um pouco mais aceitável que o ato de matar para exibir como um ridículo, diga-se de passagem, trabalho artístico.
Tá, vou começar apresentando o rapaz. Vive e trabalha em Recife, onde graduou-se em artes plásticas pela UFPE em 2002. Em 1999 recebe prêmio aquisição no Salão Pernambuco de Artes Plásticas/Novos Talentos (MAC, Olinda) e em 2004 foi contemplado com o prêmio/bolsa do 45º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizando a série Fantasia de Compensação. Entre 2005 e 2007 foi gerente de Artes Visuais da prefeitura de Recife, onde coordenou o SPA das Artes Recife. Atualmente vem ministrando workshop sobre fotgrafia no Brasil e no exterior.
Das exposições individuais destacam-se: Casa da Ribeira (Natal, 2008), Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj (Recife, 2007); Museu da UFPA (Belém, 2007); Itaú Cultural (São Paulo, 2006); Galeria Marcantonio Vilaça, Instituto Cultural Banco Real (Recife, 2006); Galeria Clairefontaine (Luxemburgo, 2005); Galeria Susini (França, 2005). Principais coletivas: Rumos Itaú Cultural de Artes Visuais (São Paulo, Rio de Janeiro e Belém, 2006); Vizinhos: networked art in Brazil (Áustria, 2006); O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Itaú Cultural (São Paulo, 2005); Photomeetings Luxemburg (Luxemburgo, 2005); Projéteis de Arte Contemporânea, Funarte (Rio de Janeiro, 2005); Projeto Prima Obra, Galeria Fayga Ostrower – Funarte (Brasília, 2004); Arte Pará (Belém, 2002 e 2006). Participou de feiras internacionais de arte, como: ARCO’06 e ARCO’08, (Espanha, 2006, 2008); Paris Photo, (França, 2005); Art Cologne (Alemanha, 2005); D-Foto (Espanha, 2005).
E são trabalhos como o dele que os grandes salões estão procurando. Arte contemporânea? Urgh! Ânsia se vômito . Que falta de criatividade! Não caio na lábia deles...Um outro dia estava vendo uma exposição no MAC do Dragão do Mar: um chão com vários chicletes grudados...uma arte que se sustenta no discurso.
Mas nem o discurso do Rodrigo me convenceu, cara...fico esperando uma razão, um motivo pra crueldade que ele pratica e ele diz que sua prática se envolve em ressignificações de elementos simbólicos para a criação de imagens deslocadas do universo cotidiano palpável. Facinho fazer uma parada dessa aí sem machucar ninguém, colega.
"O mundo já é demasiadamente estranho, é só pôr a lente no que está diante dos nossos olhos. Onde tudo é possível o que mais parece estar fora do lugar? Será que só a arte que se faz hoje é estranha…?"
Mas fiquei falando, falando, vamos agora dar uma olhada no que que ele faz. São cenas fortes, tirem as crianças de perto.
Dizem que ele não matou o cachorro pra fazer isso aí, ele pegou num centro de zoonose o cachorro já morto. Agora, assim, eu detestaria ser esquartejada depois de morta. Essa são mesmo partes de um cachorro. Ele se utilizou de um cirurgião plástico para costurar as partes do animal em seu rosto. No mínimo um tremendo mal-gosto.
Rabos de peixe e estupidez humana
bem que mereceu mesmo
essa flores estão na boca do peixe
seria zoofilia?
Infelizmente essas imagens vão ter que ficar no meu blog.
Quando vimos na aula as fotos atá vi uma sugestões de supostas idéias para a razão de sua obra - a questão da dor, do anti-belo da fotografia. Mas como é evidente e ele mesmo diz, ele não é fotógrafo. Ele se diz artista, faz escultura, performance e utiliza do recurso da fotografia para tornar sua "arte" permanente. Tudo bem, arte é sensação e ao ver a obra acima sinto muito. Mas no mundo há muitas outras sensações a serem exploradas, causadas. Depois vou postar aqui o trabalho de um artista plástico contemporâneo que admiro muito e que também se utiliza do recurso fotográfico assim como o Rodrigo, que poderia estar fazendo o mesmo discurso dele e que também não mostra um mundo bonitinho. Não é isso que eu quero. Não posso exigir que o cara seja tão bom quanto o meu colega Yuri Firmeza, mas vamos pelo menos ter bom-senso.
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