terça-feira, 20 de abril de 2010

Mais filme: Twin Peaks






Atordoante, de tirar o fôlego, a vontade é de se virar ao avesso.


É que o David Lynch dessa vez se deixar levar (e vai longe) por sua loucura.


Do tipo: depois do filme fico pensando em aranha, escorpião sem que faça nenhum sentido.

Mas se é o Lynch que pensa nisso ele ousa inserir o ilógico em sua obra, expondo esse tipo de visão à primeira vista sem sentido, a todos. Podem me chamar de louco. Marco de sua obra.


Um dedo no jardim...não vou lembrar de tudo...sei que o de hoje começa com a investigação de um assassinato (Blue Velvet (o do dedo no jardim) também!?) o investigador morre e somos levados por um universo que percorre quase que o filme inteira para que possamos investigar este assassinado. O percurso dessa viagem vem recheado de alucinações. Minha mãe que assistiu comigo disse que eram os efeitos da droga, já que a personagem principal era viciada em cocaína. Eu disse não, é alucinação do David Lynch mesmo. Tem que ter estômago pra assistir. Não pelo filme ou suas cena, e sim pela atmosfera de tensão que deixa os músculos rígidos, a boca seca e o ar escasso. Como ele consegue? É que quando escrevia era assim como ele, botava tudo que vinha na minha cabeça, que se exploda quem vai ler. Aí bateu a consciência e desisti de escrever - só escrevo agora esse tipo de realismo, sem abstrações, poesias ou ficções.
Mais a declarar: como no filme da postagem anterior, este também conta com um grande ídolo musical (grande no sentido de qualidade), o Bowie, David Bowie, além do próprio Lynch atuando.
Coragem! Assista!

Nenhum comentário:

Postar um comentário