terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Taniko de ontem e a Cacilda de hoje

Ontem terminamos os figurinos das musas do Ceará: Jandaia e Iracema, depois ficamos liberadas pra assistir Taniko. A única entre as quatro peças que serão apresentadas aqui de censura livre.
Aproveitei então pra levar minha baby. E a Jandaia aproveitou pra levar o baby dela. Mesmo algumas pessoas recomendando que a peça tinha cenas fortes e era melhor não levar, não me arrependo. Foi maravilhoso ter assistido essa peça que simboliza a morte e o renascimento da criança dentro de cada um de nós. E o Caê, filho da Jandaia, no final teve uma linda participação na peça e o elenco se emocionou. O Zé Celso é massa por essa abertura ao improviso, à interação, às pessoas...
Essa aí é nossa figurinista japa Sônia Ushyima. E como vocês podem ver, ela caprichou no figurino dela!
O detalhe dos cabelos de origami fomos nós que fizemos.

Esse aqui é mais um detalhe do figurino dela: esses rolos enormes de papéis com ideogramas que de tão grande precisa de três pessoas pra ajudá-la a andar segurando os papéis. E o vestido também é feito de papel.

Essa personagem que também tem o figurino feito de papel é o demônio Gigaku

Aí o baby Caezinho em sua participação especial

Essa negona arrasa! Tem uma voz que só vendo!

Aí a nossa Iracema
E aí a jandaia junto com ela



Aí o arraso da corda e da jandaia

E Hoje tem Cacilda!!

Estrela Brazyleira a Vagar - Cacilda!!  Segunda parte da tetralogia que narra a vida e a obra da atriz Cacilda Becker (interpretada pela atriz Anna Guilhermina), a peça dirigida por Zé Celso Martinez Corrêa fala sobre os bastidores do teatro brasileiro, na década de 1940, para traçar um painel da história do Teatro no Brasil a partir da perspectiva da maior artista que o Teatro Brasileiro produziu: Cacilda Becker. A peça traz na sua dramaturgia a ascensão de Cacilda no teatro entre artistas da época, como Grande Othelo, Ziembinski, Maria Jacinta, Raul Roulien, Jorge Amado, Bibi Ferreira, Maria Della Costa e Sérgio Cardoso. Mostra ainda o encontro da geração de diretores como Ziembinski, Turkov, Wylli Keller, refugiados do nazismo, com a geração de Cacilda e o Teatro Experimental do Negro, criado por Abdias do Nascimento.
Data: Dia 25 de janeiro.
Local: Theatro José de Alencar – Praça José de Alencar, s/n, Centro. Capacidade 700 lugares.
Horário: 19h.
Duração: 6h, com dois intervalos.
Ingresso: Gratuito (A produção pede que cada pessoa leve flores para que, durante a apresentação, seja feita a cena do defloramento da atriz Cacilda Becker). Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início do espetáculo, na bilheteria do TJA.
Recomendação etária: 16 anos.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lancheiras Modernas

Na época que eu estudava (no colégio) e precisava levar lancheira, era um mico
Na verdade ninguém gostava de levar, eu mesma sempre dava um jeito de "esquecer" aquele troço quadrado, duro e nada prático em casa
As lancheiras normalmente eram nesse foramto e feitas com esse material duro e fácil de quebrar, sempre vasava um suquinho pelas brechas

Agora em época de volta às aulas fiquei observando como a lancheira evoluiu e hoje deixa de ser um mico, sendo também uma forma  de se expressar em meio à uniformidade das fardas colegiais. Acho super válida a idéia da lancheira, já que levando a comida de casa, as chances das crianças terem uma alimentação melhor é maior do que seria se fosse comer a comida das famosas cantinas - eu sempre comia um slagado de queijo e aquela coca-cola, o que eu não desejo pra minha filha.
O lado chato das novas lancheiras é só o preço, que custam uma média de 50, 70 reais.
Essas aqui são lindas! Quero muito uma delas, com revestimento térmico por dentro O problema: não sei de onde vem, o blog que a recomenda não colocou nenhum link...=/ Enfim, dá pra pegar a idéia e fazer algo parecido em casa

Mais uma de bichinhos fofinhos
Essa é do ilustrador Stephen Savage, à venda na Built por R$9,99

Essa é mais comum e fácil de achar em muitas lojas por aqui, em torno de R$69,90

Essas também são da Built , um modelo feita para os adultos levarem comida pro trabalho e eu super usaria

Essas também viraram objetos de desejo!
Dá pra encontrar na 
http://www.beatleslunchbox.com/
As quatro que formam a coleção custam 179 dólares

Essa também não sei d eonde vem nem pra onde vai, mas adoro pinguins

Pra colecionadores

Já pensou nós andando de lancheirinha por aí? Acho a idéia arraso - ecológica, econômica, boa pro corpo, pro bolso, pra saúde, pro humor, pra criatividade de escolher a melhor...






Oficina de figurino e Taniko

À oficina:
A figurinista do teatro oficina, Sônia Ushyima decidiu dar uma de Jum Nakao e fazer um figurino de papel, utilizando-se de origamis.
A personagem que vai usar foi criada especialmente pra o espetáculo que vai ocorrer aqui e Fortaleza: é a Jandaia, uma espécie de papagaio que é a amiga de Iracema, a virgem dos lábios de mel, também criada para a apresentação daqui.
O primeiros dias foram meio entediantes, fizemos muito origamis, origamis e origamis....


Mas enfim os origamis estão se transformando em uma coisa bonita, talvez um grande adereço pra cabeça que nós já pintamos de verde
Não, ele não é a Jandaia
Olha que bonitinho, são os famosos Tisuru feitos com um papel japonês pra origami

Esse é um dos atores do Teatro Oficina - lindo, diga-se de passagem- e nós tivemos que reformular o figurino dele com essas asas, ele faz O Anjo Negro na peça Cacilda!!

Esse é um dos objetos cênicos, que tem um recurso pra jorrar um líquido desse buraquinho

A peça de hoje é Taniko

 Taniko, o Rito do Mar Espetáculo baseado em peça de Zen Chiko, dramaturgo da Cia. do criador do Teatro Nô japonês: Zeame. Numa recriação de Luis Antonio e José Celso Martinez Corrêa, esse rito foi transformado na primeira viagem dos imigrantes japoneses ao Brasil, na forma de um musical “NÔ BOSSA NOVA TRANS ZEN IKO” dedicado à “São João Gilberto”. A peça, para o público de todas as idades, narra uma viagem de iniciação, trazendo num barco o menino Kogata (Ariclenes Barroso). Ele arrisca-se ao deixar a mãe doente no Japão e seguir para o Brasil, sabendo da lei que estabelece deixar no caminho quem for tomado de exaustão ou ficar doente. Kogata revela não suportar o cansaço da viagem e exige que os companheiros o apunhalem e lhe joguem morto no mar, pois não quer morrer só. Cumpre-se o rito, apesar do Mestre Waki (Marcelo Drummond) tentar impedir. Depois do feito, apaixonado pelo discípulo, Waki invoca o poder de Zeame (Zé Celso), o criador do Nô, que os ajuda a tirar Kogata dos braços do mar. A criança ressuscita na personagem em todos nós, atores e público.
Data: Dia 24 de janeiro.
Local: Theatro José de Alencar – Praça José de Alencar, s/n, Centro. Capacidade 700 lugares.
Horário: 20h.
Duração: 1h40, sem intervalo.
Ingresso: Gratuito (A produção pede a doação de um brinquedo ou balas). Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início do espetáculo, na bilheteria do TJA.
Recomendação etária sugerida: Livre para todas as idades.

Foto de Taniko

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Convites

Mais uma vez nós aqui, sobreviventes do dilúvio...
E o clima da cidade pegou até a Sônia Ushiyama, a figurinista do espetáculo - pegou uma virose
e aí já viu, né? Pimeiro dia de aula abortado.
Então quero aproveitar e convidar aos interessados no assunto que cheguem amanhã no Theatro José de Alencar para o primeiro dia da Oficina de figurino. Não sei se foi pela chuva, mas a turma ainda está bem minguada, e vamos precisar de muitos braços pra confeccionar alguns dos figurinos das peças que já começam dia 24!
Então não precisa quase de pré-requisitos, apenas ser maior de 16 anos, habilidades para trabalho manual e disponibilidade nos próximos dias das 15 às 19 hs. Grátis, viu.
E a oficina de interpretaçã/direção/dança tá bem legal pelos comentários, a galera tá precisando se esforçar senão o Zé tira o coro, exige mesmo de todos. E já tem gente daqui que ganhou papel nas peças.


Como vocês viram, as peças são de graça, ou quase.
No dia 24, dia de Taniko, as pessoas devem levar brinquedos
Dia 25, Flores pra Cacilda!!
E dia 26 e 27, Frutas para Bacantes e O Banquete.

Taniko é livre e quero levar minha filhota.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Carta de Zé Celso a Cid Gomes

Essa é maravilhosa e explica tudo

"Ió! Governador Brilhantemente Reeleito do Ceará
Cid Gomes
Desde seu 1º GOVERNO, em 2009, em que se iniciaram, dia 1º de junho, as COMEMORAÇÕES DO 1º CENTENÁRIO DO THEATRO JOSÉ DEALENCAR, o Teatro Oficina Uzyna Uzona, de SamPã, foi convidado pelo então Secretário da Cultura e principalmente pelas sacerdotizas zeladoras desta OBRA DE ARTE DE CEM ANOS: Isabel Gurgel, e SiLêda a participar destas COMEMORAÇÕES com as AS “DIONIZÍACAS”.
“AS DIONIZÍACAS” são quatro peças, que foram o ano passado apresentadas de GRAÇA ao Público de 8 capitais brasileiras sobPATROCÍNIO DO MINC, em 8 diferentes ANFITEATROS DE ESTÁDIOS, por nós contruídos, para 2.000 pessoas, em bairros populares, pra onde corriam as elites culturais das cidades.
Mas não vamos fazer assim aqui em Fortaleza. Vamos realizá-las noTHEATRO JOSÉ DE ALENCAR, comemorando seus 100 anos, fazendo da própria Arquitetura do Teatro, o Cenário das peças, considerando oTHEATRO JOSÉ DE ALENCAR como OBRA DE ARTE.
Temos na nossa Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona duas linhas de trabalho:
1ª – em Anfiteatros de Estádio 2ª – em Obras de Arte
O Teatro Oficina, como o Theatro José de Alencar, é tombado também pelo IPHAN, e é tambem uma Obra de Arte criada por um dos maiores “arquitetos” do século XX: Lina Bo Bardi. Ela fazia questão que a qualificassem como “arquiteto”. Lá o próprio espaço é tomado como Cenário de nossas peças.
Iniciamos AS DIONIZÍACAS em nosso Espaço Obra de Arte e depois adaptamos AS DIONIZÍACAS para 8 Pontos Urbanísticos Populares, em cada capital, dentro da linha em que buscamos as MULTIDÕES, num retorno ao momento mais poderoso da Arte-Feitiçaria do Teatro: o doTEATRO para TODA A CIDADE: “O ANFITEATRO DA TRAGÉDIA GREGA” com as peças-ritos, que chamamos nossas ÓPERAS DE CARNAVAL DA TRAGYCOMÉDIORGYA.
Estas peças serão RECRIADAS ESPECIALMENTE para o José de Alencar:
1 – “TANIKO”, um NÔ BOSSA NOVA TRANS ZEN IKOantropofagiando o Antigo Teatro Budista Japonês: o NÔ comido pela YOGA REQUEBRADA DA BOSSA NOVA DE SÃO JOÃOGILBERTO, iniciando a viagem das DIONIZÍACAS docemente, com esta peça para crianças de todas as idades.
2 – “ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR – CACILDA!! – 2ª peça daTEATRALOGIA CACILDA!, CACILDA!!, CACILDA!!! (TBC),CACILDA!!!! (TCB). Esta segunda peça das DIONIZÍACAS revive Cacilda Becker dos 20 aos 28 anos, iniciando sua carreira de Atriz Matriz do Teatro Brasileiro Contemporâneo, no Rio de Janeiro, ainda Capital do Brasil, nos férteis anos 40.
Nestes tempos em plena 2ª Guerra mundial formou-se a geração da Cultura que iria construir o BRASIL poderoso dos dias de hoje: Oscar Niemeyer, Villa Lobos, Cacilda Becker, Sérgio Cardoso, Grande Othelo, Darcy Ribeiro, Oswald e Mário de Andrade, Maria della Costa, Jardel Filho, Portinari, Bidu Sayão, Jorge Amado, Dorival Caymmi, e muitos outros criadores. Surgiram instituições como a RÁDIO NACIONAL, puxada por Emilinha Borba e Marlene, quando deu-se aMODERNIZAÇÃO DO TEATRO BRASILEIRO ainda em 1943 com Nelson Rodrigues encenado por Ziembinski em sua peça, “OVESTIDO DE NOIVA”, e Oswald de Andrade lançando seu “MANIFESTO DE TEATRO DE ESTÁDIO”.
Época em que se viveu a ALEGRIA DO FIM DA GUERRA, a instauração da DEMOCRACIA no BRASIL e o surgimento da famosa empresa cinematográfica ATLÂNTIDA, onde Cacilda Becker atuou como a 1ª TRÁGICA da empresa no filme com Grande Othelo “LUZ DOS MEUS OLHOS”.
3 – “BACANTES” – Origem do Rito Teatral de DIONÍSIOS, o deus do TEATRO, nossa 1ª ÓPERA DE CARNAVAL, em cartaz desde 1996. Nosso maior sucesso popular por replantarmosDIONÍSIOS, trazendo o Óbvio de que o TEATRO É TAMBÉM FILHO DE ZEUS, (porque não dizer aqui no Brasil, de DEUS) e não uma atividade descartável, enclausurada nos caros Palcos Italianos dos Shoppings , guetados por um Público consumidor dos ídolos de Novelas, que perdeu o ELO DA ARTE AO VIVO DO TEATRO COMO SEU PODER MÁGICO SAGRADO.
4 – “O BANQUETE”, de PLATÃO E SÓCRATES, numa INVERSÃO EM VERSOS, MÚSICA, COM A SABEDORIA DA INSÂNIA DO “AMORCORPO-ALMA”, SERVIDA COM VINHO NUMA GRANDE MESA PISTA CERCADA DE COLCHÕES E ALMOFADAS. O Mito do amor sem a sexualidade que os monges da Idade Média transmitiram na tradução traidora do famoso “Symposium” de Platão como “Amor Platônico” somente espiritual, aqui, agora, é desmistificado e revelado como “AMOR ALMA E CARNE.”
Na Agenda do Theatro José de Alencar temos datas de 16 a 26 de Janeiro desde o ano passado. Chegaremos nós, os 60 atuadores do Oficina Uzyna Uzona dia 16, no próximo domingo e recriaremos especialmente para este espaço do José de Alencar, tratado como OBRA DE ARTE, a partir de nossa chegada, as “DIONIZÍACAS”.
Essas peças-ritos DIONIZÍACAS queremos fazer diferentemente noTHEATRO JOSÉ DE ALENCAR:
- como fizemos por exemplo na PAMPULHA, “O BANQUETE”, no antigoCASSINO, hoje MUSEU, às 15h, deixando o SOL e o JARDIM de BURLE MARX VAZAR ALÉM DOS VIDROS DE NIEMEYER.
- como em INHOTIM, O GRANDE MUSEU AO AR LIVRE NAS MONTANHAS DE MINAS, NO LUXO DA FLORESTA TROPICAL , onde encenamos o “MANIFESTO ANTROPÓFAGO” de Oswald de Andrade na OBRA “MAGICSQUARE”, de Hélio Oiticica, contracenando com o SOL das 15h até sua desaparição no horizonte.
- como na BIENAL de SAMPÃ, onde fizemos uma INVERSÃO DO “BAILADO DO DEUS MORTO”, de Flávio de Carvalho, que batizamos de “EXPERIÊNCIA Nº 6”, no HIMALAYA de OSCAR NIEMEYER, ainda a coisa mais bela da Bienal do ano de 2010.
Pois então, vamos montar as DIONIZÍACAS PARA EXALTAR O TEATRO JOSÉ DE ALENCAR .
Parte do PÚBLICO se acomodará em arquibancadas no PALCO, parte naPLATEIA E CAMAROTES, onde o CICLORAMA, através das câmeras de filmagem e dos VÍDEOS, criarão um ANEL MÁGICO VIRTUAL E ATUAL,CIRCULAR , com a PLATÉIA, AS FRISAS CAMAROTES,o ARCO ART NOUVEAU Q MARAVILHA O ESPAÇO e o TETO. As duas partes , a dos sentados nas Arquibancadas e aos na Platéia e Frisas, confrontar-se haõ .
As CORTINAS VERMELHAS ENTRAM A EM CENA COMO PERSONAGENS e nós os ATUADORES, ATUAREMOS por todo espaço, com o PUBLICO ATOR PRESENTE E VISIVEL, EMOLDURADO NA ARQUITETURA NOBRE DO THEATRO.
CENAS DE CINEMA AO VIVO ,VÃO ACONTECER NAS ARVORES BURLE MARXIANAS MAXIMAS DO JARDIM.E tudo que nossa Imaginação criadora, excitada na presença deste TERRITÓRIO CÊNICO VAI CRIAR PARA SER ELE ,O JOSÉ DE ALENCAR DE IRACEMA E DO GUARANI A GRANDE ESTRELA DESTAS DIONIZÍACAS.
Na madrugada de 4ª feira fui acordado pelo TROVÃO que abria o ano deIANSÃ e sua FALANGE DE ORIXÁS FÊMEAS. Esse foi NOSSO REVEILLON, NOSSO ACORDAR PARA O ANO NOVO. Acordamos e fomos: RODERICK HIMEROS o ator mais recentemente chegado ao OFICINA UZYNA UZONAe eu, para o THEATRO JOSÉ DE ALENCAR, em COMPANHIA DAS GUARDIÃS DESSE LOCAL SAGRADO: ISABEL GURGEL, SILÊDA, e o jovem Artista de Teatro cearense, THIAGO ARRAES. Namoramos muito o local do crime.
No fim daquela tarde encontramo-nos com SECRETÁRIO DA CULTURA PROFESSOR PINHEIRO que recebeu muito serenamente nosso entusiasmo, tendo nas mãos o PROCESSO que já conhecia e imediatamente nos disse que passaria para as mãos de V. EXCIA GOVERNADOR CID GOMES, afirmando que no dia seguinte, o de Reis, dia 6 de janeiro, nos daria a resposta da possibilidade praticamente certa de realizarmos este grande ACONTECIMENTO CULTURAL nas datas previstas.
Expusemos ao Professor que terminamos nossas atividades em SAMPÃ gloriosamente ocupando o EX-ESTACIONAMENTO DO BAÚ DAFELICIDADE que SILVIO SANTOS depois de 30 anos de Guerra, decidiu nos emprestar.
O TEATRO OFICINA FOI TOMBADO PELO IPHAN como PATRIMÔNIOARTÍSTICO E CULTURAL DO BRASIL e a parecerista JUREMA MACHADO, CONSELHEIRA DO IPHAN E DA UNESCO, recomendou que o entorno doTEATRO SEJA COMPRADO OU DESAPROPRIADO PELO MINC para que aASSOCIAÇÃO TEATRO OFICINA UZYNA UZONA POSSA COMPLEMENTAR O PROJETO “DO ARQUITETO” LINA BO BARDI, FAZENDO DO TEATRO OFICINA, UMA RUA DE PASSAGEM PARA UM “TEATRO DE ESTÁDIO”,UMA “UNIVERSIDADE POPULAR ANTROPÓFAGA”, UMA ÁREA VERDE: uma “OFICINA DE FLORESTAS” QUE CONTAGIE E REVITALIZE O BAIRRO DO BIXIGA CENTRO PERIFÉRICO POPULAR COSMOPOLITA E BOÊMIO DE SAMPÃ.
Os 60 ARTISTAS E TÉCNICOS QUE FAZEM AS DIONIZÍACAS ESTÃO emSEMI-FÉRIAS, desejando fazer as “DIONIZÍACAS” na PAUTA MARCADA NO THEATRO JOSÉ DE ALENCAR.
Até o final da semana que passou não obtivemos resposta, o que compreendemos dado aos trabalhos de implantação de seu NOVO GOVERNO.
Mas precisamos de uma decisão no início desta semana, pois osARTISTAS DO OFICINA UZINA UZONA também entram num NOVO GOVERNO neste ano 1 da 2ª década do 3º MIlênio.
Vamos neste 2011 construir com todo o BRASIL uma NOVA INFRA para que possamos juntamente com a INFRA DO BRASIL CONSTRUIR OS ESTÁDIOS DA COPA, DAS OLIMPÍADAS e criar uma nova INFRA PARA A CULTURA, O TEATRO BRASILEIRO E MUNDIAL FAZENDO SURGIR A EPIFANIA DO 1º ANFITEATRO DE ESTÁDIO DE NOSSO TEMPO.
Vamos ter férias depois de um ano de trabalho transhumano e logo depois iniciar NOVAS PEÇAS-RITOS e principalmente a OBRA DE ERGUER NOSSA OCA, este 1º ANFITEATRO DE ESTÁDIO DE NOSSO TEMPO.
NESTE MOMENTO, ESTAMOS PRONTOS, COM AS DIONIZÍACASENGATILHADAS PARA QUE SE REALIZEM NESTES 1ºs DIAS DE SEU GOVERNO.
ATRAVÉS DESTA CARTA ABERTA, ESTAMOS QUERENDO MUNICIAR SUA AÇÃO COM O APOIO DE TODO POVO DO CEARÁ, DO BRASIL E DO MUNDO PARA Q NESTE TEMPO MÍNIMO, ESTE MILAGRE POSSA ACONTECER COMO PREVISTO.
NÓS MESMOS DA ASSOCIAÇÃO TEATRO OFICINA UZYNA UZONA, COMPRAREMOS AS PASSAGENS E SEREMOS REEMBOLSADOS E PAGOS DEPOIS DE REALIZARMOS NOSSO TRABALHO AQUI NO THEATRO JOSÉ DE ALENCAR.
PORTANTO HÁ TEMPO DE MANEJAR-SE O DINHEIRO VIVO DO ORÇAMENTO.
ACREDITO QUE SOMENTE OS MILAGRES OPERADOS ATRAVÉS DE ATITUDES AUDACIOSAS COMO AS Q TEM MARCADO SEU 1º GOVERNOREALIZAM AS TRANSFORMAÇÕES QUE O BRASIL NESTE MOMENTO ESTÁ PRONTO PARA VIVER.
A CULTURA NÃO É MAIS SUPER ESTRUTURA COMO MARX DEFINIU EM SEU LIVRO: “O CAPITAL”. A INTERNET EXPLODIU AS VELHAS RELAÇÕESTABUS DO CAPITALISMO SELVAGEM E PREPARA O TERRENO PARA UMA SOCIEDADE ONDE O CAPITAL SEJA O DO DINHEIRO COMO UM BEM PÚBLICO. E A JUSTIÇA MAIS FORTE QUE AS VELHAS LEIS.
A DEMOCRACIA NO GOVERNO DILMA ANUNCIA A VIDA COMO INFRA-ESTRUTURA. ANUNCIA UM CAPITALISMO DEMOCRÁTICO EM QUE A“MACROECONOMY” SERÁ A SUPER ESTRUTURA, CRIADA EM FUNÇÃODO MEIO AMBIENTE PRESERVADO, AMPLIADO EM SUA RIQUEZA E DE UM CUIDADO DA VIDA QUE É ACIMA DE TUDO O SIGNIFICADO REAL DA PALAVRA CULTURA = CULTIVO, AGRICULTURA TAMBÉM DA ESPÉCIEHUMANA, QUASE EM EXTINÇÃO, ESCRAVIZADA À MAQUINA SEM DESEJO DA ESPECULAÇÃO FINANCEIRA.
CABE À CULTURA ESTOURAR OS TABÚS DAS VELHAS RELAÇÕESJUNTAMENTE COM A REVOLUÇÃO DIGITAL E GENÉTICA.
Estamos aqui agora, nestes dias, às portas de um MUNDO NOVO, para criá-lo.
Em nome “disto” peço que sintonize conosco, ARTISTAS DE TEATRO, CIRCO, DANÇA, CYBER TECNIZADOS, que somos responsáveis pelasARTES CÊNICAS, AS ARTES VIVAS AO VIVO E QUE TEMOS POR PROFISSÃO ANTENAR NOSSO CORPO COM O MUNDO QUE AÍ ESTÁOFERECENDO POSSIBILIDADES NUNCA SEQUER SONHADAS .
Como diz Cacilda Becker em “ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR –CACILDA!!” : “UM DIA O MUNDO VOLTARÁ A COMPREENDER O VALOR INCOMENSURÁVEL DO TEATRO
ESTE DIA CHEGOU.
A ARTE VIVA DO TEATRO É A DO PODER DA ESPÉCIE HUMANA DE TRANSUMANIZAR-SE, MUDAR A SI MESMO E ÀS ESTRUTURAS QUE AINDA AGRILHOAM NOSSO CRESCIMENTO.
CONTO COM SUA ESPERTA PERCEPÇÃO.
O drama acabou.
Assim começa a TRAGICOMEDIORGYA
José Celso Martinez Corrêa
diretor há 52 anos do Teatro Oficina Uzyna Uzona
EVOÉROS"

Mais informações :
teatrooficina.uol.com.br
(carta reirada de lá)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Zé Celso em Fortaleza

Foto de José Celso Martinez
Sabe que nem imaginava que esse dia iria chegar?
Mas está chegando, e eu aqui aguardando ansiosamente
José Celso Martinez, criador do Teatro Oficina de São Paulo, aonde apresentou uma nova forma de fazer teatro, totalmente ousada e com ares de orgiásticos,  o diretor de obras-primas do teatro brasileiro como Os Sertões, Cacilda, Roda Viva, Pequenos Burgueses...são espetáculos que chegam a seis horas de duração aonde o público interage com o espetáculo e o espetáculo necessita do público. Quebra com a estrutura tradicional de palco e platéia. Quando não se apresenta no teatro oficina, o grupo costuma utilizar espaços públicos e anfiteatos. Mas considerando o centenário do Teatro José de Alencar e vendo sua estrutura como obra de arte, Zé Celso resolveu utilizar a estrutura do TJA, fazendo assim algumas modificações no espetáculo
Aqule teatro vai virar de cabeça pra baixo porque no palco provavelmente ficará parte do público, enquanto que a peça segue por entre as cadeiras, corredores, jardins...Imperdível. Separe seis horas do deu dia para ver José Celso.
Mas o melhor eu ainda nem contei:
Nós aqui podemos participar. O teatro, em comemoração de seus 100 anos (ainda) trouxe os espetáculo e mais três oficinas feitas por Celso
Isso mesmo! Vou conhecer o cara. Nem sei, to aniosa...sério...esperando o ia chegar
As oficinas são : Atuação/Direção/Música(80 vagas), Figurino(40 vagas, uma delas minha, claro) e Direção de Cena(40 vagas). A primeira oficina começa amanhã e ainda tem vaga para todas elas. É só correr até o anexo do Teatro, que fica ao lado da entrada principal e fazer a inscrição, que é por número de vagas. O pouco que vi sobre o curso de figurino, diz que os prticipantes precisam ter habilidades manuais, ou seja: vamos pôr a mão na massa! E provavelmente os participantes do curso ajudarão na montagem das peças que serão apresentadas no teatro a partir do dia 26, que é uma série de quatro espetáculos (se não me engano) que compõem a saga "Dionisíacas".
Emoções a mil, é sério, não queria morrer sem ver uma peça do cara e agora ele tá aqui pra me ensinar!

Imagem de As Dionisíacas encenada em Salvador
E aqui nosso lindo e centenário Teatro, demonstando o porque titio Zé vai abrir uma exceção. Aliás, para estar aqui, ele comprou 60 passagens antecipadas esperando o reembolso do titio Cid Gomes, que tá embromando pra apoiar esse projeto. Prefere construir prisões pra peixes...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dzi Croquettes

Primeira postagem do ano e não venho com qualquer coisa não.
Hoje a dica é um documentário brasileiro que assisti ontem:

Dzi Croquettes conta a história de um dos fenômenos mais importantes do Brasil, um grupo formado por treze homens nos anos 70 que iam aos teatros quebrar com todo aquele clima vigente na ditadura.
Como eles mesmo se definiam, "Nem homem. Nem mulher. Gente." E essa gente que se vestia de uma maneira espetacular ,fazia danças, músicas e performances espetaculares, conseguiram por um bom tempo confundir a censura e levar um espetáculo totalmente libertário aos palcos.
Inspirados no Glam Rock, usavam maquiagem, muito glitter sob os corpos à mostra, saia, salto alto e corpos peludos e esculturais. Com certeza foram a grande inspiração pra o grupo Secos e Molhados e mais tarde Ney Matogrosso e pra Caetano Veloso...entre muitos outros que contribuem com maravilhosos depoimentos no filme, com Cláudia Raia, Bete Faria, Pedro Cardoso, Elke Maravilha, Nelson Motta, Gilberto Gil...  



Depois de problemas com a censura, o grupo que aqui no Brasil fazia grande sucesso, fez uma viagem à Europa. Na França conhecem uma atriz que se tornaria sua grande madrinha e abriu as portas pro seus sucesso europeu: nada mais nada menos que Liza Minelli, a eterna Sally Bowles de Cabaret.
Liza leva o grupo à imprensa e aos olhos de grandes estrelas do momento, como Mick Jagger, só pra citar um exemplo. Hehheh.

E euzinha aqui, até assistir esse bendito documentário não conhecia os caras. Que são sim, não se pode negar, uma das maiores fontes inspiradoras para o teatro alternativo, as perfórmances, principalmente no que se refere à cultura gay. E acho que não estarei se exagerando se te disser que pode te sido de grande influência pra filmes como Rocky Horror Picture Show. 
Então, quero agradecer à Tatiana Issa,  atriz e filha de um dos integrantes do grupo, que dirigiu  o filme em conjunto com Raphael Alvarez e trouxe para nós que não conhecíamos, a oportunidade de conhecer esse grupo que NÃO pode passa despercebido por nós brasileiros. Não podemos deixar que os gringos os conheçam melhor do que nós, afinal, foi daqui que eles vieram e trouxeram a inspiração.
O documentário é de 2009 e já ganhou diversos prêmios aqui e nas terras gringas.
Mais que merecido, afinal, "Bicha não morre. Vira Purpurina".